Modelos Proativos para Hipermídia Adaptativa

Os Sistemas de Hipermídia (SH) vem se tornando cada vez mais populares em diversas áreas de aplicação, tais como educação, marketing, comércio elétrico, informação pessoal e serviços inteligentes de interface. Atualmente um dos principais ramos da pesquisa em SH são os Sistemas de Hipermídia Adaptativa (SHA) [BRU 96] [ESP 97], juntamente com as áreas relacionadas de Modelagem do Usuário (MU) e Interfaces Inteligentes (II). Uma das características mais criticas em um SHA é o modelo do usuário, uma representação dos objetivos, conhecimento, preferências, necessidades e desejos de seus usuários. A idéia é que usuários com diferentes perfis ou modelos estarão interessados em diferentes perfis de informação dentre as apresentadas em uma página hipermídia e podem também desejar navegar no sistema através de diferentes links. A ação adaptativa em um SHA é orientada de modo a oferecer a seus usuários informação hipermídia e navegação ajustados aos respectivos modelos. A adaptação é geralmente considerada de uma forma retroativa, onde as estruturas de apresentação e navegação são produzidas como simples reações evolução passada do modelo do usuário e a oportunidades oferecidas pelo ambiente. A adaptação proativa [PAL 98] adota a idéia de seleção e mesmo a geração ativa de hiperdocumentos que serão provavelmente interessante para um determinado usuário. O uso de modelos proativos para a obtenção de informação personalizada permite a antecipação das necessidades e demandas do usuário. Isto é obtido através do emprego de algum tipo de inferência sobre os objetos hipermídia disponíveis, restrita pelo conhecimento disponível no modelo do usuário. No presente trabalho propõe-se uma metodologia para a construção de SHA, através da integração de dois modelos proativos diferentes. O primeiro desses modelos possui características conexionistas e é orientado a navegação adaptativa. Este modelo destaca a representação comportamental dos links na rede, considerando a freqüência com que estes são percorridos. O processo de modelagem é balizado pelas leis de transitividade e reflexividade, que permitem representar proativamente o hiperespaço, simplesmente através da quantização de seus links, abstraindo o conteúdo de seus nodos. O segundo modelo trata dos aspectos semânticos do processamento de informações através da lógica das situações, que oferece um arcabouço formal para a representação, composição e inferência da relação de relevância entre os nodos de sistemas de hipermídia adaptativa. O ponto de partida são os conceitos de infon, documento e descritor, assim como a semântica da relação "é sobre" que pode existir entre diferentes documentos. A integração entre os dois modelos é realizada através da sobreposição das representações em um domínio compartilhado. Uma arquitetura genérica orientada a agentes para o desenvolvimento de sistemas de HA proativa é apresentada, centrada nos processos de interfaceamento, modelagem e adaptação. A tese se completa com o projeto

2000